Exposição internacional na UFT tem como tema a história da arquitetura soviética

Exposição “Arquitetura Habitacional da URSS: Concurso entre Camaradas 1926″
Data: de 15 a 31 de agosto de 2022.
Horário: 8h às 22h
Local: Corredor do Bloco 1 (UFT – Campus Palmas)
Visitação Gratuita

Está em cartaz até dia 31 de agosto de 2022, no Bloco 1 da UFT (Campus de Palmas), a exposição “Arquitetura Habitacional da URSS: Concurso entre Camaradas 1926”. A exposição acontece simultaneamente no México e na Argentina, além de cidades de todas as regiões do Brasil, como: Foz do Iguaçu (PR), São João del Rei (PR), Cidade de Goiás (GO), Juiz de Fora (MG), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Petrópolis (RJ), Uberlândia (MG), São Paulo (SP), Natal (RN), Brasília (DF) e Cascavel (PR).

O objetivo da exposição é destrinchar as colaborações do debate soviético sobre arquitetura, invisibilizados no ocidente por conta da Guerra Fria, que dividiu o mundo após a II Guerra Mundial. Muitas foram as colaborações soviéticas para a arquitetura habitacional, algumas das quais naturalizadas nos conjuntos habitacionais no mundo todo, sem que saibamos a origem do debate.

São trinta pranchas tamanho A1 a compor a exposição, relativas a 08 projetos de arquitetura: Casa Comunal 1, de Moisei Ginzburg; Nova Habitação para Trabalhadores, de Alexander Pasternak; Nova Tipologia Habitacional para Trabalhadores, de Ivan Sobolev; Moradias Economicas para Trabalhadores, de Alexander Nikolsky; Novo Tipo de Moradia para Trabalhadores, de Nina Vorotyntseva e Raisa Polyak; Moradias Novas, de Vyacheslav Vladimirov; Novo Tipo de Moradia para Trabalhadores, de Andrey Ol; e Moradia para Trabalhadores com Família Reduzida, de Georgi Vegman.

As diversas práticas arquitetônicas e atuação profissional distantes do regramento do capitalismo e mais voltada para as necessidades sociais são muitas vezes ignoradas, desprezadas, subalternizadas ou sequer são nomeadas, como acontece com a arquitetura soviética. Resgatar a experiência da revolução russa, portanto, é um ato de resistência, ressignificação e inovação tanto para reinserir um debate sobre produção de espaço não pautada pelo capital, como para apontar possíveis caminhos criativos para a arquitetura de nosso tempo. Realizar essa sociologia das ausências, contudo, impõe enormes desafios, posto que é extremamente difícil obter no ocidente informações sobre arquitetura soviética. Por este motivo, trazer para o Tocantins este rico material, coloca as escolas de arquitetura tocantinenses em destaque na produção de conhecimento em ciências sociais aplicadas.

Revisitar a experiência arquitetônica da Revolução Russa é tarefa fundamental, para nos auxiliar a imaginar e conceber a arquitetura como um direito e não como mercadoria, a terra e o solo rural ou urbano como bem comum e, portanto, sujeitos a desenhos de paisagens muito distintos daqueles produzidos para a aferição de mais-valia e apropriação privada do trabalho socialmente necessário para a construção do espaço em que vivemos.

Este projeto de extensão é fruto de uma parceria entre o Grupo de Estudos Multidisciplinares em Arquiteturas e Urbanismos do Sul (MALOCA), da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e os grupos Brigada Acadêmica Interdisciplinaria (BAI), da Universidad Autónoma Metropolitana, Azcapotzalco, no México e o Taller Libre de Proyecto Social, da Universidade de Buenos Aires, na Argentina.

No Tocantins, a mostra será itinerante e percorrerá todos os campus da Universidade Federal do Tocantins (Palmas, Porto Nacional, Gurupi, Miracema e Arraias) até dezembro de 2022.

Organização geral: Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul (MALOCA – UNILA).

Organização local: Curso de Arquitetura e Urbanismo, Pró-Reitoria de Extensão e superintendência de Comunicação da Universidade Federal do Tocantins.

Produção Executiva: Fluxo Criativo.