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04/10/2018ㅤ Publicado às 14:12

Dando continuidade à programação do VII Seminário Nacional de Empreendedorismo em Arquitetura e Urbanismo, a professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Myrian Silvana, iniciou a tarde desta terça-feira, 2, falando sobre regularização fundiária. Myrian desenvolve, em conjunto com a UFPA, assistência técnica com foco em regularização fundiária para a população de baixa renda em Belém (PA).

A realidade de Belém, apresentada pela professora, não difere muito de outras realidades no Brasil, nas quais existem construções feitas de modo independe, algumas vezes em áreas irregulares, e que apresentam uma situação de coabitação, quando são feitas modificações na residência para acolher outro grupo de pessoas, geralmente da mesma família, conhecidas popularmente como “puxadinhos”.

Myrian ressaltou que mesmo se tratando de ocupações irregulares, estas possuem um valor afetivo muito grande para o morador, tanto que, segundo a pesquisadora, entre as famílias atendidas em Belém que procuravam a regularização de suas casas, o objetivo principal da maioria era o de assegurar o direito ao imóvel para os filhos, em um possível caso de morte dos pais. Por isso, Myrian ressalta que na hora de regularizar uma área, todas essas questões devem ser levadas em consideração. “A regularização fundiária acontece com a integração de diversos profissionais, como advogados, arquitetos, engenheiros e assistentes sociais, pois a casa não é só uma moradia, mas sim um espaço de convivência, de criação, de memórias afetivas e manutenção de culturas”, concluiu.

 

O FUTURO É HOJE

A segunda parte do ciclo de palestras ficou concentrada nos temas relacionados à inovação na área da arquitetura e tecnologia. O arquiteto Ricardo Martins da Fonseca, membro da Comissão de Exercício Profissional do CAU/BR, falou um pouco sobre os desafios da profissão. De acordo com Ricardo, para se reinventar e empreender na arquitetura é preciso “pensar diferente, trabalhar com empatia, desenvolver a resiliência e a persuasão”. Ainda segundo o arquiteto, todo modelo de empreendimento tem seus riscos, mas para seguir em frente é preciso que haja uma mudança de pensamento. “Nós temos que deixar de pensar em transformar o mundo e transformar a nós mesmos, nosso modo de pensar e de agir”, afirmou.

Quem também falou sobre coragem para enfrentar os desafios da vida foi o superintendente do Sebrae/TO, Omar Hennemann. De modo descontraído, Omar levou os participantes a refletirem sobre a postura diante das inovações tecnológicas e como elas têm modificado a vida das pessoas. “Cabe a cada um de nós abrirmos a nossa cabeça para o que está por vir e fazer a reflexão se estamos dispostos a nos adaptar. Se estivermos, para a mudança realmente acontecer, a primeira coisa que temos que ter é iniciativa”.

Raphael Tristão e Lucas Obino são exemplos de profissionais resolveram abraçar as mudanças tecnológicas e empreender na arquitetura. Tristão compartilhou com os participantes um pouco da sua história à frente da empresa Arch&Design e como eles desenvolveram o Archathon, um workshop destinado a arquitetos recém-formados e escritórios de arquitetura em início de carreira. De acordo com Rafael, o objetivo do Archathon “é fomentar o empreendedorismo e ajudar os arquitetos a se desenvolverem no mercado de trabalho”. Tristão reforçou ainda sobre a importância de manter uma organização comercial que seja capaz de resistir aos períodos de crise.  

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